No meio do país de névoa que se chama eu
há um velho sinal de trânsito sem caminho.
Ali está assinalando com a sua carcomida flecha
até aos pântanos e quilómetros de neblina.
Em vão procuro nomes e sinais.
Nevões e chuvas tudo apagaram.
Ali esteve uma vez o caminho para que me encaminhava.
Quando desapareceu e quando me perdi?
Vou às cegas como um invisual até essa palavra
que me indicaria o caminho da minha casa.
No meio do país de névoa que se chama eu
há um sinal sem caminho que me assusta.
Inger Hagerup, Fra hjertets krater, 1964