Hoy en mi ventana brilla el sol
Y el corazon
Se pone triste contemplando la ciudad
Porque te vas
Como cada noche desperté
Pensando en ti
Y en mi reloj todas las horas vi pasar
Porque te vas
Todas las promesas de mi amor se iran contigo
Me olvidaras
Me olvidaras
Junto a la estacion lloraré igual que un nino
Porque te vas
Porque te vas
Bajo la penumbra de un farol
Se dormiran
Todas las cosas que quedaron por decir
Se dormiran
Junto a las manillas de un reloj
Esperaran
Todas las horas que quedaron por vivir
Esperaran
Todas las promesas de mi amor se iran contigo
Me olvidaras
Me olvidaras
Junto a la estacion yo lloraré igual que un nino
Porque te vas
Porque te vas
Porque te vas
Junto a la estacion yo lloraré igual que un nino
Porque te vas
Porque te vas
Porque te vas
domingo, 29 de julho de 2018
quarta-feira, 25 de julho de 2018
sábado, 21 de julho de 2018
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Sombra
Quando o meu amigo se sentou ao sol e a sombra do seu rosto ficou projectada nas costas da cadeira, beijei a sua sombra. Beijei a sua sombra e esse beijo não o tocou, beijo perdido no ar, fundido na sombra.
O amor de um pelo outro é como uma extensa sombra que se beija, sem qualquer esperança de realidade.
Anaïs Nin, in A Casa do Incesto
O amor de um pelo outro é como uma extensa sombra que se beija, sem qualquer esperança de realidade.
Anaïs Nin, in A Casa do Incesto
domingo, 15 de julho de 2018
Deranged
Mas o medo da loucura, Jeanne, só o medo da loucura nos levará a ultrapassar as fronteiras invioláveis da nossa solidão. O medo da loucura destruirá os muros da nossa casa secreta e projectar-nos-á no mundo à procura de contactos ardentes.
Os mundos autoconstruídos e alimentados em si próprios estão cheios de fantasmas e de monstros.
Anaïs Nin, A Casa do Incesto
Me cerro
Jeito de escrever
Não sei que diga.
E a quem o dizer?
Não sei que pense.
Nada jamais soube.
Não sei que diga.
E a quem o dizer?
Não sei que pense.
Nada jamais soube.
Nem de mim, nem dos outros.
Nem do tempo, do céu e da terra, das coisas...
Seja do que for ou do que fosse.
Não sei que diga, não sei que pense.
Nem do tempo, do céu e da terra, das coisas...
Seja do que for ou do que fosse.
Não sei que diga, não sei que pense.
Oiço os ralos queixosos, arrastados.
Ralos serão?
Horas da noite.
Noite começada ou adiantada, noite.
Como é bonito escrever!
Ralos serão?
Horas da noite.
Noite começada ou adiantada, noite.
Como é bonito escrever!
Com este longo aparo, bonitas as letras e o gesto - o jeito.
Ao acaso, sem âncora, vago no tempo.
No tempo vago...
Ele vago e eu sem amparo.
Piam pássaros, trespassam o luto do espaço, este sereno luto das horas.
Ao acaso, sem âncora, vago no tempo.
No tempo vago...
Ele vago e eu sem amparo.
Piam pássaros, trespassam o luto do espaço, este sereno luto das horas.
Mortas!
E por mais não ter que relatar me cerro.
Expressão antiga, epistolar: me cerro.
Tão grato é o velho, inopinado e novo.
Me cerro!
Expressão antiga, epistolar: me cerro.
Tão grato é o velho, inopinado e novo.
Me cerro!
Assim: uma das mãos no papel, dedos fincados,
solta a outra, de pena expectante.
Uma que agarra, a outra que espera...
Ó ilusão!
E tudo acabou, acaba.
Para quê a busca das coisas novas, à toa e à roda?
solta a outra, de pena expectante.
Uma que agarra, a outra que espera...
Ó ilusão!
E tudo acabou, acaba.
Para quê a busca das coisas novas, à toa e à roda?
Silêncio.
Nem pássaros já, noite morta.
Me cerro.
Ó minha derradeira composição! Do não, do nem, do nada, da ausência e solidão.
Nem pássaros já, noite morta.
Me cerro.
Ó minha derradeira composição! Do não, do nem, do nada, da ausência e solidão.
Da indiferença.
Quero eu que o seja! da indiferença ilimitada.
Noite vasta e contínua, caminha, caminha.
Alonga-te.
A ribeira acordou.
Quero eu que o seja! da indiferença ilimitada.
Noite vasta e contínua, caminha, caminha.
Alonga-te.
A ribeira acordou.
Irene Lisboa, in 'Antologia Poética'
Paris, Texas, de Wim Wenders, 1984 |
sexta-feira, 13 de julho de 2018
quinta-feira, 12 de julho de 2018
As mentiras de pernas curtas
terça-feira, 10 de julho de 2018
domingo, 8 de julho de 2018
terça-feira, 3 de julho de 2018
"Dreams are like water, colourless, dangerous"
De sonho e assalto
Subindo ao teu corpo real
Recordo-te
E és a mesma
Ternura quase impossível
De suportar
Por isso fecho os olhos
(O amor faz-me recuperar incessantemente o poder da
provocação. É assim que te faço arder triunfalmente
onde e quando quero. Basta-me fechar os olhos)
Por isso fecho os olhos
E convido a noite para a minha cama
Convido-a a tornar-se tocante
Familiar concreta
Como um corpo decifrado de mulher
E sob a forma desejada
A noite deita-se comigo
E é a tua ausência
Nua nos meus braços
*
Experimento um grito
Contra o teu silêncio
Experimento um silêncio
Entro e saio
De mãos pálidas nos bolsos
Alexandre O'Neill
Dreams...
Dreams are like water, colourless, dangerous
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