Quando o meu amigo se sentou ao sol e a sombra do seu rosto ficou projectada nas costas da cadeira, beijei a sua sombra. Beijei a sua sombra e esse beijo não o tocou, beijo perdido no ar, fundido na sombra.
O amor de um pelo outro é como uma extensa sombra que se beija, sem qualquer esperança de realidade.
Anaïs Nin, in A Casa do Incesto