Seguramente um dos filmes da minha vida e inspirador do título deste blogue. La Double Vie de Véronique é um filme sublime, mágico e misterioso.
A francesa Véronique e a polaca Veronika – uma alma dividida em dois corpos. Funcionando mais num nível espiritual do que religioso, o filme explora a ideia de todos nós termos um duplo que vive a sua vida nalgum outro lugar. Diz-se que ver o seu próprio doppelganger é sinal de morte iminente e, de facto, pouco tempo depois de avistar acidentalmente Véronique num autocarro, Veronika morre…
Este filme fascina-me pelas suas “coincidências”(Alexander diz a Véronique que mantém duas marionetas iguais para o caso de uma se partir…), sincronicidades e pelas suas inconsistências e ausência de resolução final – não é assim mesmo a vida? De repente, a nossa realidade quotidiana é subtilmente impregnada de poesia…
A minha cena favorita – a das marionetas. A vida e a morte manipuladas pelo criador, a metamorfose e a ascensão da alma...