És na minha vida como um luminoso
Poema que se lê comovidamente
Entre sorrisos e lágrimas de gozo…
A cada imagem, outra alma, outro ente
Parece entrar em nós e manso enlaçar
A velha alma arruinada e doente…
— Um poema luminoso como o mar,
Aberto em sorriso de espuma, onde as velas
Fogem como garças longínquas no ar…
Manuel Bandeira, in "Carnaval", 1919