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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Je te laisserai des mots

És na minha vida como um luminoso 
Poema que se lê comovidamente 
Entre sorrisos e lágrimas de gozo… 

A cada imagem, outra alma, outro ente 
Parece entrar em nós e manso enlaçar 
A velha alma arruinada e doente… 

— Um poema luminoso como o mar, 
Aberto em sorriso de espuma, onde as velas 
Fogem como garças longínquas no ar…


Manuel Bandeira, in "Carnaval", 1919

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