És na minha vida como um luminoso
Poema que se lê comovidamente
Entre sorrisos e lágrimas de gozo…
A cada imagem, outra alma, outro ente
Parece entrar em nós e manso enlaçar
A velha alma arruinada e doente…
— Um poema luminoso como o mar,
Aberto em sorriso de espuma, onde as velas
Fogem como garças longínquas no ar…
Manuel Bandeira, in "Carnaval", 1919
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
sábado, 20 de janeiro de 2018
Last night I dreamt that somebody loved me
Às vezes entristece-me esta cama cheia de espaço
Isto de não servir a ninguém
Penso: mas que medida tenho eu
Que nunca sou roupa para os outros
Diria que não é culpa minha
Sei que faço a vida como as outras pessoas
perdida no horizonte de um entardecer canalha
vindo para casa sorrindo aos vizinhos
com um saco de fruta na mão
Penso: todos veem que fui às compras
E que tenho o ar leve de quem parou no café
espalhando perfume
Dizendo o que está certo sobre este dia
Sendo a mulher exacta do que é ser mulher
servindo o balcão a todo o comprimento
E tudo pode mudar depois de uma bica
Talvez eu passe a servir a um corpo
e a cama se torne mais pequena
Como é bom saber que por aqui todos estão vivos
ignorando a minha dificuldade em escolher maçãs
Penso: não pode ser assim tão mau
entrego-me ao destino, há muito que não conto
contigo
serei como todos os outros
E olho a fruta que não como
Pernas nuas e mão no sexo
Cláudia R Sampaio
Isto de não servir a ninguém
Penso: mas que medida tenho eu
Que nunca sou roupa para os outros
Diria que não é culpa minha
Sei que faço a vida como as outras pessoas
perdida no horizonte de um entardecer canalha
vindo para casa sorrindo aos vizinhos
com um saco de fruta na mão
Penso: todos veem que fui às compras
E que tenho o ar leve de quem parou no café
espalhando perfume
Dizendo o que está certo sobre este dia
Sendo a mulher exacta do que é ser mulher
servindo o balcão a todo o comprimento
E tudo pode mudar depois de uma bica
Talvez eu passe a servir a um corpo
e a cama se torne mais pequena
Como é bom saber que por aqui todos estão vivos
ignorando a minha dificuldade em escolher maçãs
Penso: não pode ser assim tão mau
entrego-me ao destino, há muito que não conto
contigo
serei como todos os outros
E olho a fruta que não como
Pernas nuas e mão no sexo
Cláudia R Sampaio
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
Le Gai Savoir
J'ai lu
dans tes yeux
dans ta voix
dans la beauté de tes doigts
ce qui ne fait que murmurer
au fond de toi
J'ai lu
ton inquiétude
et ta confiance mêlée
J'ai lu
ce que tu ne dis pas
ce que tu ne te dis pas
ce que je ne savais pas
ce que tu me caches
ce que tu te caches
ce que tu n'a pas voulu
lire avec moi
J'ai lu entre les lignes
de notre émoi
Je voulais déchiffrer
le code
de tes secrets désirs
Je voulais résoudre
l'équation
de toutes tes déchirures
Je voulais percer
l'énigme de ta solitude
Mais tu as soufflé sur la lampe
et je me suis retrouvé
dans le noir…
Gérald Bloncourt
dans tes yeux
dans ta voix
dans la beauté de tes doigts
ce qui ne fait que murmurer
au fond de toi
J'ai lu
ton inquiétude
et ta confiance mêlée
J'ai lu
ce que tu ne dis pas
ce que tu ne te dis pas
ce que je ne savais pas
ce que tu me caches
ce que tu te caches
ce que tu n'a pas voulu
lire avec moi
J'ai lu entre les lignes
de notre émoi
Je voulais déchiffrer
le code
de tes secrets désirs
Je voulais résoudre
l'équation
de toutes tes déchirures
Je voulais percer
l'énigme de ta solitude
Mais tu as soufflé sur la lampe
et je me suis retrouvé
dans le noir…
Gérald Bloncourt
Le Gai Savoir (Jean-Luc Godard, 1969) |
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
A man said to the universe
A man said to the universe:
"Sir, I exist!"
"However", replied the universe,
"The fact has not created in me
A sense of obligation".
Stephen Crane (1871-1900)
"Sir, I exist!"
"However", replied the universe,
"The fact has not created in me
A sense of obligation".
Stephen Crane (1871-1900)
domingo, 7 de janeiro de 2018
Tu chiama una vita
Fatica d'amore, tristezza,
tu chiami una vita
che dentro, profonda, ha nomi
di cieli e giardini.
E fosse mia carne
che dono di male transforma.
Salvatore Quasimodo (1901-1968)
tu chiami una vita
che dentro, profonda, ha nomi
di cieli e giardini.
E fosse mia carne
che dono di male transforma.
Salvatore Quasimodo (1901-1968)
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Blue
She had blue skin,
And so did he.
He kept it hid
And so did she.
They searched for blue
Their whole life through,
Then passed right by-
And never knew.
Shel Silverstein, Every Thing on It
And so did he.
He kept it hid
And so did she.
They searched for blue
Their whole life through,
Then passed right by-
And never knew.
Shel Silverstein, Every Thing on It
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
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