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sábado, 11 de maio de 2013

esquece-me

esquece-me.

quero andar
ao sabor do meu instinto cultivado na desgraça.

o amor,
- deixa um travo, mas passa.
não tenhas pena.

do alto do meu aprumo
desafio a tua verve:

- para morrer,
qualquer lugar,
 qualquer corpo,
e qualquer boca  me serve.


António Botto

A História de Adèle H., de François Truffaut, 1975


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