quieta, silenciosa.
Casas de rés-do-chão e andar
dão-lhe uma linha sinuosa
como de um bêbado a vaguear
a desoras...
Um velho relógio
deu agora horas,
horas cansadas, horas de há muito tempo:
são um lamento de eras passadas
em que a velha era menina
e desfiava
a teia azul das horas descuidadas
Que é das meninas desse tempo
nas varandas debruçadas?
Saul Dias, Obra Poética
Les coiffeuses au soleil, Robert Doisneau |