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domingo, 29 de abril de 2018

Primeiro: Continuar. Segundo: Começar

Se não escrevo, leio. 
Não descanso até encontrar 
o poema que me alivie. 
Encontrarei palavras 
que me emprestem sentido. 

É um modo de sobrevivência que pratico, 
procurar casas dentro de casa. 
Transporto uma candeia discreta e vejo 
nos poetas-irmãos e nos poetas-amantes, 
sossego para as emoções que me fazem cerco. 

Fecharei os olhos 
quando me sentir iluminada por dentro. 


Marta Chaves, Varanda de Inverno



Hiroshima Mon Amour, de Alan Resnais, 1959

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