A Amante do Tenente Francês, de John Fowles, é considerado um dos primeiros romances "pós-modernos" - o autor assume-se como narrador omnisciente e até como personagem. A história gira à volta de amores proibidos na Inglaterra vitoriana e é examinada e comentada pelo autor a partir da sua perspectiva cultural dos anos 60 (quando o livro foi escrito).
Fowles conversa com o leitor e brinca com a evolução da narrativa - em determinado momento, refere que se vê forçado a alterar o plano inicial do romance por causa das personagens, que decidiram outra coisa. Para completar, dá ao leitor a hipótese de escolher entre três finais distintos!
O FILME
A obra de Fowles foi adaptada ao cinema por Harold Pinter, em 1981, com realização de Karel Reisz e interpretações de Jeremy Irons e Meryl Streep. Embora diverso do livro, o filme também segue uma linha narrativa original.
Jeremy Irons e Meryl Streep desempenham os papéis dos amantes vitorianos (Charles e Sarah) e dos actores contemporâneos (Mike e Anna) que os representam na rodagem de um filme, mantendo também eles uma ligação amorosa adúltera. Assim se entrelaçam duas histórias de amor, do passado e do presente, da ficção e da realidade(?).
Uma vez que o romance de Fowles apresenta finais alternativos, também no filme, as duas histórias de amor têm desenlaces diferentes...
A Amante do Tenente Francês, de Karel Reisz, 1981